Em um agravamento da crise, a Rússia demonstrou que pretende anexar a Crimeia ao dar apoio total ao referendo convocado pelo parlamento da república autônoma. Como um claro sinal desse objetivo, uma delegação da Crimeia, até agora parte da Ucrânia, ganhou aplausos em Moscou. Além disso, recebeu o apoio das duas casas do parlamento russo, controlado por Putin, para o referendo do próximo dia 16 de março. Depois eles participaram de uma cerimônia na Praça Vermelha que reuniu milhares de pessoas favoráveis a anexação da Crimeia.
Em Kiev, capital da Ucrânia, houve manifestações de ucranianos contra a intervenção da Rússia. O presidente em exercício, Oleksandr Turchinov, disse que o referendo convocado pelo parlamento da Crimeia para selar a separação é ilegal, inconstitucional e um barril de pólvora.
Mas os preparativos para a votação já começaram. Na cidade de Sebastopol, foi criada até uma comissão eleitoral. Um morador da cidade diz que a Crimeia "não tem nada a ver com a Ucrânia". A população tártara que vive na região reclama que suas casas estão sendo marcadas. Muitos estão indo embora, temendo represálias por preferirem permanecer parte da Ucrânia. Novamente grupos armados pró-Rússia impediram a entrada de observadores europeus na Crimeia.
Pelo menos duas emissoras de TV locais foram tiradas do ar e substituídas por canais russos. O secretário de estado americano conversou por telefone com o ministro das relações exteriores russo. Serguei Lavrov disse para John Kerry que as sanções contra a Rússia vão atingir os Estados Unidos como um bumerangue. Uma ameaça que pode prejudicar grandes corporações americanas que têm bilhões de dólares investidos na Rússia.
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