domingo, 9 de março de 2014

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Secretário-geral da Otan anuncia apoio a Ucrânia em crise com à Rússia

  • 9/3 - Homens armados marcham do lado de fora de uma base militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye perto de Simferopol, na Crimeia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou neste domingo (9) que  apoia a Ucrânia. A divulgação foi feita pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, em entrevista a um jornal alemão.
Na entrevista, ele pede à Rússia que "cumpra com seus compromissos internacionais".
"Quando estive com o primeiro-ministro (ucraniano, Arseni) Iatseniuk na quinta-feira, eu o felicitei por seu compromisso a favor de uma solução pacífica", afirmou. "E assegurei que a Otan está ao lado da Ucrânia".
"Esperamos que a Rússia cumpra com seus compromissos internacionais, retire suas tropas e não intervenha em outras regiões da Ucrânia", assinala.
"No mapa da Europa do século XXI, ninguém deve tentar traçar novas fronteiras", acrescentou o secretário-geral da Otan.
arte crimeia 05.04 (Foto: Arte/G1)

Em pronunciamento mais cedo, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que a Ucrânia não irá ceder “'nem um centímetro de sua terra” à Rússia, que ocupa há uma semana a península ucraniana da Crimeia. "Esta é nossa terra. Não cederemos nem um centímetro. Que a Rússia e seu presidente saibam disso”, afirmou Yatseniuk ao discursar em uma comemoração em Kiev do 200º aniversário do nascimento do poeta e herói nacional ucraniano Taras Sevchenko.
O chefe do governo interino ucraniano reconheceu que a Ucrânia está "perante o maior desafio para o país e para o povo em toda a história da independência" e se perguntou se serão "capazes de superar este desafio".
"Nossa resposta só pode ser uma: sim, venceremos", porque, acrescentou, "conosco está a verdade, está Deus, está a Ucrânia e está nosso grande Taras".
Disputa
A Crimeia se tornou o foco da atenção da diplomacia internacional nas últimas semanas com uma escalada militar russa e ucraniana na região. As tensões separatistas da região, de maioria russa, se tornaram mais acirradas com a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich – o que levou a Rússia a aprovar o envio de tropas para “normalizar” a situação.
A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra". Segundo o país, mais de 30 mil soldados russos já foram enviados à região. Os Estados Unidos estimam o efetivo russo na região em 20 mil militares.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais exigiram que a Rússia recuasse suas tropas na Crimeia. Os EUA também ameaçaram a Rússia com sanções, suspenderam as transações comerciais com o país e cancelaram um acordo de cooperação militar com Moscou

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